segunda-feira, 10 de abril de 2017

O mais feio dos feios


O que escreve,
o que escraviza as palavras,
o que é escravo delas
Observo os que possuem asas,
os tibetanos raios perfumes
que rasgam as páginas
do vento que varre
o circulo que protege 
as pirâmides

Eu, Conde de Lautréamont, 
em Paris,
bem além do entrelaçar 
das cores do Uruguay
com as cores da planta mãe,
mãe dos que andam 
pelas ruas do mundo,
do mundo que nasce 
nas pontas dos dedos,
nas pontas das folhas 
que chamamos de olhos

Eu que sou... resolvido ( ? ),
que já andei por tantos filmes,
por tantas cenas,
por alguns seres...
Essas são minhas páginas,
meus simples traços,
o que imprimo na pedra das coisas,
nas carnes dos que me contemplam,
mesmo sendo o mais feio dos feios...

( edu planchêz )

Nenhum comentário:

Postar um comentário