segunda-feira, 10 de abril de 2017

no outro mundo que é esse



o homem que pensa,
o homem que não pensa,
em mim, em ti,
depara-se com reflexões,
a vida e a morte,
o lembrar e o esquecer
o que não compreendo,
e quero e não quero compreender,
triste, feliz, com vontade,
sem vontade

allen ginsberg,
tenho que lembrar de ti
nesse agora
carregado de interrogações,
de mergulhos,
de agonias e satoris
no outro mundo que é esse,
apenas a poesia consegue
acariciar-me,
atarraxar em mim estrelas-parafusos,
naves de cores fortes,
crianças e peixes,
pássaros inventados
por mestres feiticeiros

sem nome, sem rosto,
movido pela corrente
da velha chama,
escapo no poema
do desespero de pensar
sobre a morte e o nascimento

sou um homem comum,
um que sabe o não saber,
e folheia livros,
a arranca das vísceras o cerume,
o óleo ultrapassado
vindo da noite sem sono,
do canto do sapo azul
que se move nos sonhos
de minha ama catarina crystal

e a gala de dali...
e a catarina de edu planchêz...
bem no teto de palha da cabana
onde apenas 
somamos beijos aos beijos

( edu planchêz )

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